
Uma pesquisa divulgada nesta semana pela Genial/Quaest revela que a maioria dos brasileiros ainda avalia de forma negativa o cenário econômico do país. Segundo o levantamento, 43% dos entrevistados acreditam que a economia piorou no último ano, enquanto 32% afirmam que permaneceu igual e apenas 24% consideram que houve melhora.
Os dados indicam que, apesar de alguns sinais de recuperação — como o controle da inflação e a estabilidade do câmbio —, a sensação de estagnação e o baixo poder de compra continuam influenciando a percepção da população.
A pesquisa também apontou que 42% dos entrevistados esperam melhora na economia em 2026, enquanto 35% acreditam que a situação deve piorar e 18% preveem estabilidade. Entre os principais fatores que alimentam o pessimismo estão o desemprego ainda elevado, o endividamento das famílias e o custo de vida nas grandes cidades.
Especialistas afirmam que o distanciamento entre os indicadores macroeconômicos e a realidade cotidiana é um dos motivos para a discrepância entre o otimismo do mercado e o desânimo da população. “O país tem mostrado avanços em termos de estabilidade fiscal e redução da inflação, mas esses resultados ainda não se traduziram em melhora concreta na renda das pessoas”, avalia o economista Sérgio Vale, da MB Associados.
O levantamento reforça um desafio para o governo federal: traduzir o crescimento econômico em bem-estar social perceptível, especialmente em um momento de juros elevados e crédito restrito. A confiança do consumidor, segundo o estudo, será um dos principais fatores para determinar o ritmo da economia brasileira nos próximos meses.
FONTE: jornaldebrasilia.com.br