Paraná aposta em fundo estratégico para atrair novos investimentos e impulsionar economia

Economia9 hours ago

Em um movimento estratégico para manter a competitividade e ampliar sua capacidade de atração de investimentos, o governo do Paraná anunciou a criação de um fundo estadual voltado a impulsionar o desenvolvimento econômico. A iniciativa foi apresentada durante o evento BuyPR — realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em Curitiba — e busca responder aos desafios impostos pela reformulação dos incentivos fiscais nacionais, prevista na reforma tributária em curso.

O novo fundo tem como objetivo criar um ambiente financeiro seguro e transparente para captar recursos e direcioná-los a projetos de alto impacto em diversas regiões do estado. De acordo com a secretária da Fazenda, Néli Aquino, a proposta é fortalecer a infraestrutura, estimular setores estratégicos e oferecer contrapartidas competitivas para empresas interessadas em se instalar ou expandir operações no Paraná.

“A base fiscal sólida do Estado nos permite propor soluções modernas, sustentáveis e alinhadas às necessidades do mercado, sem comprometer o equilíbrio das contas públicas”, afirmou Aquino durante o evento.

A medida é vista por especialistas como uma tentativa assertiva de posicionar o Paraná à frente na corrida por investimentos em meio à crescente concorrência entre estados, especialmente após a restrição do uso de benefícios fiscais como ferramenta de atração. A criação do fundo é considerada também uma alternativa ao modelo tradicional de guerra fiscal, apostando em políticas estruturadas e com mais previsibilidade.

Cidades do interior, como Apucarana, Arapongas, Jandaia do Sul e outras da região do Vale do Ivaí, podem ser diretamente beneficiadas pela política, desde que desenvolvam projetos bem estruturados que atendam aos critérios do fundo. O foco, segundo representantes do governo, é descentralizar o desenvolvimento e garantir que os investimentos não se concentrem apenas nas grandes regiões metropolitanas.

A expectativa é de que, com a regulamentação do fundo, municípios e entidades do setor produtivo possam submeter propostas que envolvam inovação, geração de empregos, infraestrutura produtiva ou ambientalmente responsável.

Ainda não foram divulgados os detalhes técnicos do funcionamento do fundo — como critérios de elegibilidade, prazos, limites de recursos por projeto ou mecanismos de fiscalização — mas o governo prometeu abrir diálogo com o setor produtivo e as administrações municipais para garantir ampla participação.

Enquanto isso, representantes do setor industrial, comercial e logístico já demonstram interesse e mobilização para identificar projetos locais que possam ser submetidos à nova política.

FONTE: gazetadopovo.com.br

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