Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (21) pelo UOL Economia revela uma mudança histórica nos hábitos financeiros da população brasileira: apenas 6% dos consumidores ainda utilizam dinheiro em espécie como forma principal de pagamento. A pesquisa confirma a consolidação dos meios digitais, com o Pix se destacando como a opção preferida da maioria.
Segundo o levantamento, mais de 72% dos entrevistados relataram utilizar o Pix com frequência diária, seguido por cartões de débito (12%) e crédito (8%). O dinheiro em papel foi relegado quase exclusivamente a transações informais, zonas rurais ou regiões com menor acesso digital.
Especialistas atribuem o fenômeno à combinação de fatores como acessibilidade tecnológica, políticas de bancarização digital e a gratuidade das transações via Pix. Criado em 2020 pelo Banco Central, o sistema se popularizou por permitir transferências instantâneas e sem tarifas 24 horas por dia.
“Estamos vivendo uma transformação profunda nos meios de pagamento, que tem efeitos diretos na inclusão financeira e na formalização da economia”, explica o economista Rafael Perez, da Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Banco Central reforça que o Pix continuará a evoluir, com novos recursos como parcelamentos, pagamentos internacionais e funcionalidades para empresas. Ao mesmo tempo, o governo busca estratégias para garantir que a digitalização não exclua populações vulneráveis sem acesso pleno à internet ou smartphones.
A pesquisa ainda aponta que os pagamentos digitais são predominantes entre jovens e pessoas com ensino superior, enquanto o uso do dinheiro é mais comum entre idosos, desempregados e moradores de áreas rurais.
FONTE: economia.uol.com