Mercados Internacionais Reagem com Forte Queda e Alta Volatilidade Após Anúncio de Novas Tarifas dos EUA

Economia16 hours ago

A decisão do governo dos Estados Unidos de impor novas tarifas comerciais a dezenas de países gerou um forte abalo nos mercados financeiros globais nesta sexta-feira. Bolsas na Europa, Ásia e América abriram em queda acentuada, refletindo a preocupação de investidores com os impactos da medida sobre o comércio internacional, a inflação e o crescimento econômico mundial.

Na Europa, o índice STOXX 600, que reúne as maiores empresas da região, recuou 1,3%, com perdas lideradas pelos setores de exportação e tecnologia. Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,5%, pressionado por quedas nas ações de empresas farmacêuticas e automotivas. O euro e a libra também registraram leve desvalorização frente ao dólar.

Nos Estados Unidos, os futuros das bolsas de Nova York operavam no vermelho antes da abertura oficial do mercado. O Dow Jones e o S&P 500 acumulavam perdas próximas de 1%, enquanto o Nasdaq apresentava maior volatilidade, diante do temor de impacto sobre cadeias produtivas de tecnologia e semicondutores — especialmente com a imposição de tarifas contra Taiwan.

Na Ásia, o cenário foi igualmente negativo. O índice Nikkei 225, da Bolsa de Tóquio, encerrou o pregão com queda de 0,9%, e o Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,6%. A Bolsa de Xangai também fechou no vermelho, com retração de 0,7%, influenciada pelos números fracos da indústria chinesa e pela tensão no comércio com os EUA.

A alta do dólar foi outro reflexo imediato do anúncio. A moeda americana se valorizou frente a quase todas as principais divisas, refletindo uma fuga global para ativos considerados mais seguros. O franco suíço e o dólar canadense, por outro lado, sofreram forte desvalorização, em razão da inclusão desses países na lista de alvos tarifários.

Especialistas alertam para o risco de um novo ciclo de instabilidade prolongada nos mercados. “A imposição dessas tarifas agrava as incertezas e afeta diretamente o apetite por risco. Os investidores agora se voltam para ativos defensivos, o que pode pressionar ainda mais as economias emergentes”, explicou Rachel Kimura, estrategista-chefe do Citi Group.

Enquanto isso, bancos centrais de países afetados monitoram os desdobramentos e podem anunciar medidas de estímulo para conter a deterioração das expectativas. A Organização Mundial do Comércio (OMC) ainda não se pronunciou oficialmente, mas já há movimentações nos bastidores para convocar uma reunião extraordinária nas próximas semanas.

FONTE: reuters.com

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