aA indústria de manufatura da Ásia registrou retração em agosto, pressionada pelo impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre uma ampla gama de produtos, medida que afetou diretamente grandes exportadores como Japão, Coreia do Sul e Taiwan.
Pesquisas de atividade industrial (PMI) mostraram queda nesses países, evidenciando redução nas encomendas externas e desaceleração da produção. Analistas apontam que os efeitos das tarifas podem se intensificar nos próximos meses, caso não haja sinal de flexibilização na política comercial norte-americana.
Na contramão da tendência regional, a China apresentou leve expansão na atividade manufatureira, sustentada por estímulos do governo central e aumento da demanda doméstica. O resultado foi interpretado como um sinal de resiliência da segunda maior economia do mundo, ainda que a recuperação seja considerada frágil diante das incertezas globais.
“Enquanto boa parte da Ásia sofre os efeitos imediatos das tarifas, a China consegue se apoiar em seu vasto mercado interno para manter a indústria ativa”, avaliou a economista Lin Mei, da consultoria SinoResearch.
A situação aumenta a tensão comercial no continente, já que fornecedores de componentes e insumos industriais estão diretamente conectados às cadeias de produção chinesas. Especialistas alertam que uma prolongada desaceleração asiática pode repercutir sobre o comércio global, ampliando riscos de desaceleração econômica mundial no segundo semestre de 2025.
FONTE: reuters.com