
A inflação brasileira mostra sinais consistentes de desaceleração e deve encerrar 2025 próxima do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Segundo a projeção mais recente do mercado financeiro, divulgada no Boletim Focus, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar o ano em 4,40%, abaixo do teto da meta, que é de 4,50%.
O cenário representa uma virada importante em relação aos últimos anos, marcados por pressões inflacionárias persistentes em setores como alimentos, combustíveis e serviços. Economistas atribuem a tendência de queda a uma combinação de fatores: política monetária restritiva, câmbio relativamente estável, bom desempenho do setor agrícola e desaceleração do consumo.
“O comportamento dos preços em 2025 é resultado direto da atuação firme do Banco Central em manter os juros elevados e da recomposição das cadeias produtivas”, avalia a economista Carolina Mendes, da MacroVisão Consultoria.
A manutenção da Selic em 15% ao ano, apesar de criticada por setores produtivos, tem sido apontada como determinante para conter a propagação da inflação. Com a expectativa de que o IPCA continue dentro da meta, o mercado começa a projetar uma possível flexibilização monetária a partir do segundo trimestre de 2026.
Setores como alimentos e combustíveis, que vinham pressionando o índice nos anos anteriores, registraram quedas consecutivas ao longo do segundo semestre de 2025. Já os preços administrados, como energia elétrica e transportes públicos, também ficaram abaixo das previsões iniciais, ajudando a conter o avanço geral da inflação.
Com o IPCA sob controle, analistas avaliam que o Brasil ganha maior previsibilidade econômica, o que favorece investimentos, crédito e planejamento empresarial.
FONTE: agenciabrasil.ebc