
A inflação oficial no Brasil voltou a se alinhar às metas do governo após meses de pressão inflacionária. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, registrou variação de 0,20% em novembro, o que levou o acumulado dos últimos 12 meses a 4,5% — exatamente o teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para este ano.
O resultado marca o retorno da inflação ao centro da política monetária, após oscilações que vinham preocupando o mercado desde o início de 2024. A redução foi impulsionada principalmente pela queda nos preços dos combustíveis e pela estabilidade em setores como alimentação e vestuário.
A notícia foi bem recebida por analistas econômicos e deve influenciar decisões futuras do Banco Central. Com a inflação controlada, cresce a expectativa por novos cortes na taxa básica de juros (Selic), atualmente em 10,75% ao ano. Reduções nos juros poderiam aquecer o crédito, estimular o consumo e acelerar o crescimento da economia em 2026.
Apesar do alívio, especialistas alertam que o cenário ainda requer cautela. “O controle da inflação é uma conquista importante, mas a demanda interna segue fraca e a atividade econômica perdeu fôlego nos últimos trimestres”, explica o economista Alexandre Ferraz, da FGV. Ele aponta que a combinação entre estabilidade de preços e estímulos ao investimento será essencial para sustentar a recuperação econômica do país.
FONTE: agenciabrasil.ebc.com