
O presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, declarou nesta segunda-feira (1º) que, embora os índices de inflação venham mostrando sinais de desaceleração, os avanços ainda são insuficientes para atingir a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. A afirmação foi feita durante um evento com economistas do setor financeiro, em Brasília.
De acordo com Galípolo, as projeções para a inflação de 2025 seguem em trajetória de queda, mas o cenário ainda exige cautela na condução da política monetária, o que justificaria a manutenção da taxa Selic em níveis elevados — atualmente fixada em 15%.
“Apesar do progresso, a convergência para a meta inflacionária de 3% ainda não está assegurada. O cenário exige vigilância contínua”, afirmou o presidente do BC.
A avaliação do Banco Central se dá em meio a um contexto de pressões persistentes sobre os preços, especialmente nos setores de alimentos, energia e serviços. Além disso, fatores externos como a volatilidade do câmbio e tensões no comércio global continuam a impactar o comportamento da inflação no Brasil.
O relatório Focus, divulgado na semana passada, apontou uma expectativa de 4,43% para o IPCA em 2025, valor ainda acima do centro da meta, mas em queda em relação aos meses anteriores. Já o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 2,1% no ano, conforme projeções de mercado.
A sinalização do Banco Central reforça a percepção de que uma redução da taxa básica de juros não ocorrerá no curto prazo, frustrando parte das expectativas do setor produtivo, que reivindica maior estímulo ao crédito e ao consumo.
FONTE: tradingview.com