A economia da Índia segue como uma das mais dinâmicas do mundo em 2025, com projeção de crescimento acima de 6,5% segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Entretanto, sinais de desaceleração vindos da China começam a influenciar negativamente o desempenho do país e de outros mercados emergentes asiáticos.
Segundo análise divulgada pelo jornal The Economic Times, os setores indiano de tecnologia da informação, eletrônicos e insumos industriais já sentem a redução do apetite chinês por importações — consequência direta do esfriamento da atividade industrial e do desaquecimento do setor imobiliário na segunda maior economia do mundo.
“O ciclo de demanda chinesa tem efeitos significativos sobre a cadeia de suprimentos asiática. Embora a Índia esteja menos dependente da China do que outros países, o impacto indireto é inevitável”, afirmou Swaminathan Aiyar, economista e consultor sênior do Centro de Pesquisas de Políticas Públicas de Nova Délhi.
Ainda assim, o mercado interno indiano continua como principal sustentação da atividade econômica. A expansão do consumo doméstico, os investimentos em infraestrutura e os programas de inovação tecnológica mantêm o país em ritmo acelerado, mesmo diante de choques externos.
O governo de Narendra Modi aposta fortemente no programa “Make in India 2.0”, que visa ampliar a participação do setor manufatureiro no PIB e reduzir a dependência de cadeias globais de produção. O plano também contempla estímulos a startups e incentivos fiscais para empresas de semicondutores, eletrônicos e veículos elétricos.
Contudo, analistas alertam que a Índia precisará adotar uma postura mais estratégica no comércio internacional para se blindar dos efeitos da desaceleração chinesa e das incertezas comerciais geradas pelas tarifas dos Estados Unidos sobre países emergentes.
FONTE: economictimes.indiatimes.com