Governo lança Plano Brasil Soberano para conter efeitos do tarifaço dos EUA

Economia10 hours ago

O governo federal anunciou nesta quarta-feira (13) o Plano Brasil Soberano, uma medida emergencial criada para minimizar os impactos da sobretaxa de 50% aplicada pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A iniciativa, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva por meio de medida provisória, busca garantir a competitividade das empresas nacionais em um cenário de forte tensão comercial.

Entre as ações previstas estão a concessão de linhas de crédito especiais via Fundo Garantidor de Exportações, a suspensão temporária de tributos para setores estratégicos, a ampliação do Reintegra — programa que devolve parte dos impostos pagos na exportação — e a compra governamental de produtos que deixarem de ser embarcados para os EUA.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as medidas terão efeito imediato, oferecendo fôlego às indústrias mais atingidas. Ele destacou ainda que o governo acompanha de perto o desempenho de setores como soja, algodão e carnes, que podem sofrer reflexos indiretos da disputa tarifária. “Nosso objetivo é assegurar que os produtores e exportadores brasileiros não sejam sufocados por essa medida unilateral”, disse.

O presidente Lula, por sua vez, defendeu que o país deve reagir de forma coordenada e destacou que o Brasil continua sendo um parceiro estratégico para o comércio internacional. “O mundo está ávido por negociar com o Brasil. Não vamos permitir que decisões isoladas comprometam nossa soberania econômica”, declarou.

Especialistas avaliam que, embora o plano seja paliativo, a sinalização do governo traz segurança ao setor produtivo em um momento de instabilidade global. Para analistas de mercado, o desafio será equilibrar o impacto fiscal das medidas com a necessidade de proteger empregos e investimentos.

Com o Plano Brasil Soberano, o governo tenta transformar a crise em oportunidade, reforçando a ideia de que a economia brasileira deve diversificar mercados e reduzir sua dependência de poucos parceiros comerciais.

FONTE: economia.uol.com

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