Governo eleva previsão do PIB brasileiro para 2025 e reforça confiança na retomada da economia

O Ministério da Fazenda anunciou nesta segunda-feira (14) a revisão da projeção de crescimento da economia brasileira para este ano, elevando a estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,4% para 2,5%. A revisão, ainda que modesta, sinaliza confiança renovada na retomada da atividade econômica, em meio a um cenário global desafiador e às pressões internas por ajustes fiscais e monetários.

Segundo o boletim técnico divulgado pela Secretaria de Política Econômica, a melhora nas expectativas reflete o desempenho consistente do consumo das famílias, a resiliência do mercado de trabalho e o leve arrefecimento da inflação, que tem favorecido setores como varejo, serviços e construção civil.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que o governo segue empenhado em criar um ambiente econômico estável. “A elevação da projeção do PIB confirma que as medidas de responsabilidade fiscal, aliadas a estímulos seletivos à produção e ao consumo, estão surtindo efeito”, afirmou durante coletiva de imprensa nesta manhã.

Apesar da revisão positiva, o cenário para 2026 permanece moderado. A equipe econômica mantém a estimativa de crescimento em 2,4% para o próximo ano, diante de incertezas externas, como os efeitos da recente tarifa imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, e da transição esperada na política monetária do Banco Central, que ainda sustenta a taxa Selic em 15% ao ano.

Analistas do mercado financeiro veem o novo número com cautela. Para o economista-chefe da Ativa Investimentos, Caio Rezende, “a revisão é coerente com os dados recentes, mas ainda insuficiente para indicar um ciclo robusto e sustentável de crescimento. O Brasil precisa destravar reformas estruturais para consolidar esse avanço”.

Com a projeção de alta no PIB, o governo também sinaliza aos investidores internacionais que o país segue sendo uma opção viável em meio à desaceleração de economias desenvolvidas. O desafio, agora, será manter o ritmo em um ambiente de maior restrição global e de tensões comerciais que podem pressionar o desempenho das exportações.

O próximo relatório macroeconômico detalhado do Ministério da Fazenda será divulgado em agosto, com novas estimativas sobre inflação, desemprego, investimentos e balança comercial. Até lá, o otimismo cauteloso segue marcando o tom do governo e do mercado.

FONTE: reuters.com