
O governo federal anunciou que, a partir de janeiro de 2027, será extinta a exigência de reserva compulsória vinculada à poupança destinada ao financiamento habitacional, atualmente uma das principais normas que regem o uso desses recursos no Brasil.
Atualmente, as instituições financeiras são obrigadas a destinar 65% dos depósitos da caderneta de poupança ao crédito imobiliário. Com a nova regulamentação, os bancos terão liberdade para alocar esses recursos conforme critérios próprios, o que pode alterar significativamente o funcionamento do mercado de crédito habitacional.
A medida tem como objetivo aumentar a liquidez do sistema bancário e promover maior flexibilidade na gestão dos recursos da poupança. No entanto, especialistas alertam que a mudança também pode gerar impactos sobre a disponibilidade de crédito para habitação popular e sobre os juros cobrados nos financiamentos imobiliários.
O anúncio ocorre em um momento de ajustes na política econômica, marcado por um esforço do governo em atrair investimentos, modernizar o sistema financeiro e estimular a competitividade entre os bancos. A expectativa é que a medida estimule o desenvolvimento de novos produtos financeiros e altere a dinâmica de funding do setor imobiliário.
O Banco Central e o Conselho Monetário Nacional (CMN) ainda deverão definir os instrumentos de transição para o novo modelo, com foco na estabilidade do crédito e na proteção dos pequenos poupadores.
FONTE: reuters.com