Gastos públicos se aproximam de R$ 5 trilhões em 2025 e elevam alerta fiscal no Brasil

EconomiaYesterday

O governo federal deverá encerrar o ano de 2025 com gastos públicos próximos da marca histórica de R$ 5 trilhões, segundo levantamento divulgado nesta semana por entidades que acompanham a execução orçamentária. O volume de despesas — que engloba custeio da máquina pública, programas sociais, folha de pagamento, encargos da dívida e investimentos — reacende o debate sobre o equilíbrio fiscal e a capacidade do Estado de financiar suas políticas no médio prazo.

Embora parte das despesas esteja atrelada a programas de transferência de renda e investimentos em infraestrutura, o crescimento acelerado dos gastos preocupa o mercado e especialistas em contas públicas. Analistas destacam que a ausência de cortes estruturais e o aumento de compromissos permanentes podem comprometer a margem de manobra do governo em 2026.

“A estrutura de gastos no Brasil é altamente rígida. Sem reformas que redimensionem obrigações e melhorem a eficiência do gasto, o país corre o risco de voltar ao ciclo de déficits crônicos e endividamento crescente”, avalia Clara Moreira, economista do Instituto Fiscal Independente.

O volume elevado de despesas também coloca em xeque o cumprimento das metas previstas no novo arcabouço fiscal — aprovado pelo Congresso em 2023 — que exige trajetória sustentável da dívida pública e controle do déficit primário. Até novembro, o resultado fiscal acumulado já apontava para um rombo de R$ 177 bilhões, segundo dados do Tesouro Nacional.

Em meio a esse cenário, o Ministério da Fazenda trabalha com uma proposta de Orçamento para 2026 mais enxuta, que tenta equilibrar responsabilidade fiscal com a continuidade de programas prioritários, como o PAC, o Novo Ensino Médio e o Bolsa Família.

Especialistas alertam que, sem uma reforma tributária bem implementada e medidas que ataquem o crescimento vegetativo da máquina pública, o Brasil pode enfrentar novas restrições para manter investimentos estratégicos em saúde, educação, ciência e infraestrutura.

A escalada dos gastos em 2025, embora impulsionada por demandas legítimas da população e programas de desenvolvimento, impõe um desafio central para o próximo ano: como crescer e redistribuir sem perder o controle fiscal. O equilíbrio dessa equação será decisivo para o futuro da economia brasileira.

FONTE: portalrondon.com.br

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