Em relatório divulgado nesta semana, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) sinalizou que a economia global poderá surpreender positivamente no segundo semestre de 2025, contrariando as previsões de estagnação que vinham dominando o debate entre analistas internacionais desde o início do ano.
Segundo o documento, a demanda global por petróleo deve se manter firme, impulsionada por economias em expansão como Índia, China e Brasil, além da recuperação moderada dos Estados Unidos e da zona do euro. A avaliação reflete um otimismo crescente entre os países membros da OPEP, que aprovaram o aumento da produção em 548 mil barris por dia a partir de agosto.
“O crescimento econômico se mostra mais resiliente do que o antecipado, mesmo diante das persistentes tensões comerciais e das pressões inflacionárias”, apontou o relatório da organização. A retomada gradual da confiança empresarial, o reaquecimento do consumo e a estabilização das cadeias de suprimentos são citados como fatores-chave para esse novo cenário.
Apesar do tom positivo, o documento ressalta que riscos seguem no radar — entre eles, a escalada das tarifas comerciais entre grandes economias, a volatilidade dos mercados financeiros e as incertezas geopolíticas em regiões produtoras de energia.
O anúncio foi bem recebido pelos mercados, que interpretam a medida como um sinal de que a OPEP busca atender à demanda crescente sem pressionar excessivamente os preços. Economistas preveem que a iniciativa pode ajudar a conter variações abruptas no preço do barril e colaborar com o controle da inflação global, especialmente em países importadores.
A projeção otimista da OPEP será acompanhada de perto por instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI), que já anunciou uma possível revisão para cima de suas previsões econômicas globais até o fim de julho.
FONTE: reuters.com