Enquanto o Paraná comemora resultados positivos na geração de empregos formais e na agilidade para abertura de empresas, o setor produtivo enfrenta sinais de alerta com os primeiros impactos das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos.
A medida norte-americana, que aplica taxas de até 50% sobre produtos brasileiros, já afeta diretamente cadeias produtivas importantes para o estado. Um dos setores mais prejudicados é o da piscicultura, especialmente a tilápia — produto em que o Paraná lidera a exportação nacional, com 97% da produção direcionada ao mercado externo, sobretudo aos EUA.
Empresas ligadas à madeira, café e produtos florestais também relatam cancelamento de contratos, suspensão de embarques e férias coletivas emergenciais. O Sistema FAEP alertou que o tarifaço coloca em risco a sustentabilidade econômica dessas cadeias e cobra uma reação mais efetiva do governo federal para proteger os produtores locais.
Apesar do cenário externo adverso, o Paraná encerrou o primeiro semestre de 2025 com saldo positivo de 94.200 novos empregos formais, segundo dados do Caged. O estado ocupa a terceira colocação no ranking nacional de geração de vagas, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais. Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel puxam a recuperação com crescimento no comércio, serviços e indústria.
Outro dado expressivo vem da Junta Comercial: o tempo médio para abrir uma nova empresa no estado caiu para 7 horas e 52 minutos em julho, o menor índice da história paranaense e abaixo da média nacional, que gira em torno de 1 dia e 3 horas. A digitalização de processos e integração de sistemas municipais são apontadas como os principais fatores para esse avanço.
FONTE: sistemafaep.org.br