O setor avícola brasileiro recebeu nesta sexta-feira (15) uma notícia considerada estratégica para a economia nacional: Arábia Saudita e Chile retomaram as importações de frango brasileiro, suspensas desde o início do ano em razão de surtos de influenza aviária. A liberação, confirmada por comunicados oficiais, representa um alívio para um dos segmentos mais competitivos do agronegócio do país.
De acordo com entidades do setor, a retomada abrange produtos como ovos férteis, carne de frango fresca e processada, que voltam a ocupar espaço nas prateleiras internacionais. A expectativa é que o Brasil recupere rapidamente fatias de mercado que chegaram a ser comprometidas durante os meses de restrição, quando concorrentes internacionais ganharam terreno.
Empresários e analistas avaliam que o impacto será imediato sobre a balança comercial e na geração de empregos. A avicultura brasileira, responsável por milhões de postos de trabalho diretos e indiretos, é considerada um dos pilares da pauta de exportações do país.
O retorno da confiança de parceiros estratégicos, como Arábia Saudita — um dos maiores compradores de proteína animal do Brasil —, reforça também a credibilidade internacional dos protocolos sanitários brasileiros. Para especialistas, o episódio mostra a importância de investimentos contínuos em vigilância e controle de doenças, fatores decisivos para manter a competitividade em um mercado global cada vez mais exigente.
A retomada das exportações ocorre em um momento sensível da economia, marcado pelas tensões comerciais com os Estados Unidos e pelos efeitos do “tarifaço” imposto contra produtos brasileiros. Nesse cenário, o frango surge como símbolo de resiliência do agronegócio, ajudando a equilibrar perdas e fortalecendo a imagem do Brasil como um dos maiores fornecedores de proteína animal do mundo.
FONTE: reuters.com