A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda estima que o impacto das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros será relativamente limitado. Segundo cálculos divulgados nesta quinta-feira (11), a medida deve reduzir o Produto Interno Bruto (PIB) em 0,2 ponto percentual até dezembro de 2026.
O chamado “tarifaço” — que eleva em até 50% as taxas de importação sobre itens como móveis, têxteis, calçados e fármacos — gerou preocupação inicial no mercado. No entanto, o governo avalia que os efeitos mais fortes estarão concentrados em setores específicos da indústria, enquanto o impacto agregado sobre a economia brasileira será considerado “modesto”.
De acordo com a SPE, a resiliência do agronegócio, a diversificação da pauta exportadora e o fortalecimento do mercado interno ajudam a amortecer o choque externo. Ainda assim, analistas alertam que as tarifas podem reduzir a competitividade de empresas brasileiras em segmentos estratégicos e pressionar cadeias produtivas ligadas à indústria de transformação.
Para especialistas, a avaliação de “impacto modesto” não elimina a necessidade de negociações diplomáticas. Eles defendem que o Brasil busque soluções na esfera do comércio internacional para evitar a perda de espaço no mercado norte-americano, considerado estratégico para as exportações nacionais.
FONTE: reuters.com