O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 1,1 ponto em agosto, atingindo 91,6 pontos. Esse é o segundo mês consecutivo de queda, refletindo maior cautela de empresários e incorporadores diante do ritmo de recuperação econômica.
Na métrica da média móvel trimestral, o indicador também apresentou retração, de 0,6 ponto, confirmando uma tendência de desaceleração no otimismo do setor. Segundo a FGV, a queda foi puxada pela avaliação negativa sobre o momento atual dos negócios e pelas incertezas em relação à demanda para os próximos meses.
“Ainda há expectativa de crescimento, mas em patamares mais modestos. A construção enfrenta custos elevados, crédito caro e menor confiança do consumidor, fatores que limitam novos investimentos”, avaliou a coordenadora de projetos da FGV, Ana Maria Castelo.
O resultado contrasta com o desempenho positivo registrado no início do ano, quando o setor se beneficiou da expansão de programas habitacionais e de incentivos a obras de infraestrutura. Agora, a desaceleração indica que os empresários aguardam maior clareza sobre os rumos da política econômica, especialmente em relação à taxa básica de juros.
Apesar da retração, a FGV destacou que alguns segmentos, como reformas residenciais e obras públicas em andamento, continuam sustentando o setor, ainda que em ritmo menos acelerado. O desafio, segundo analistas, será manter o nível de atividade até o fim de 2025 sem comprometer os empregos gerados pela construção civil.
FONTE: economia.uol.com