CNI prevê desaceleração da economia brasileira em 2026 com crescimento de 1,8%

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta semana sua projeção para o desempenho da economia brasileira em 2026, estimando um crescimento de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB). A previsão indica desaceleração em relação a 2025, quando o país deve fechar o ano com avanço de aproximadamente 2,5%.

Segundo a entidade, o ritmo mais lento de expansão econômica no próximo ano será influenciado por fatores como manutenção da taxa básica de juros em patamares elevados, incertezas fiscais, e lenta recuperação da demanda interna.

O estudo da CNI aponta que, embora o controle da inflação tenha sido um avanço relevante em 2025, a falta de espaço fiscal para novos estímulos e a demora na queda da taxa Selic devem restringir o crescimento da atividade econômica nos diversos setores.

“A política monetária segue restritiva, e a ausência de reformas estruturais mantém o ambiente de negócios sob tensão. Isso tende a limitar a capacidade de resposta da indústria e do consumo em 2026”, explicou Renato da Fonseca, gerente-executivo de economia da CNI.

O setor industrial, em particular, é citado como um dos mais sensíveis ao atual contexto macroeconômico. A CNI destaca que a confiança empresarial caiu em dezembro, sinalizando prudência do empresariado nas decisões de investimento para o próximo ano.

A confederação reforça que, para destravar o potencial de crescimento do Brasil, será necessário avançar em reformas que melhorem a competitividade, como a tributária, além de ampliar os investimentos em infraestrutura e inovação.

FONTE: agenciabrasil.ebc.com