O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, apresentou queda de 0,15% em agosto, na comparação com julho. Trata-se da primeira deflação mensal desde agosto de 2024, segundo levantamento de economistas consultados pela agência Reuters.
A retração foi impulsionada principalmente pela redução nos preços da energia elétrica, beneficiada por um desconto extraordinário da Usina de Itaipu, além da queda em itens da alimentação no domicílio, como arroz, feijão e hortaliças.
Apesar do alívio mensal, a inflação acumulada em 12 meses foi estimada em 5,09%, ainda acima da meta estabelecida pelo Banco Central, de 3% com margem de 1,5 ponto percentual. O dado mantém a expectativa de manutenção da taxa Selic em 15% ao ano, diante de um cenário de cautela da política monetária.
Especialistas avaliam que a deflação pontual não deve ser interpretada como tendência de queda sustentada dos preços, mas como reflexo de fatores sazonais e medidas temporárias. A trajetória da inflação nos próximos meses, afirmam, dependerá da dinâmica dos alimentos, combustíveis e do câmbio.
Com isso, o Brasil entra no último trimestre de 2025 em um ambiente de inflação controlada, mas ainda resistente, exigindo equilíbrio entre estímulo ao crescimento econômico e responsabilidade fiscal.
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