O Brasil realizou nesta semana sua terceira emissão de títulos da dívida externa no ano, marcando o maior volume de operações desse tipo em uma única temporada desde 2013. A movimentação, que somou US$ 1,75 bilhão, reforça a estratégia do governo de ampliar a liquidez e diversificar sua base de investidores internacionais.
A nova emissão incluiu a colocação de um título com prazo de 30 anos, no valor de US$ 1 bilhão, com rendimento de 7,5% ao ano, além da reabertura de uma tranche de cinco anos no valor de US$ 750 milhões, com rendimento de 5,2%.
De acordo com o Ministério da Fazenda, a emissão foi considerada bem-sucedida, com demanda elevada por parte de investidores internacionais, mesmo diante do aumento das tensões comerciais com os Estados Unidos e da aplicação de tarifas sobre produtos brasileiros. O resultado sinaliza confiança nos fundamentos macroeconômicos do país, segundo analistas de mercado.
“A procura pelos papéis de longo prazo mostra que o Brasil ainda é visto como um porto relativamente seguro entre os emergentes, especialmente diante do equilíbrio fiscal e das reservas internacionais robustas”, avaliou o economista Marcelo Silveira, da XP Investimentos.
Com a operação, o Brasil amplia o perfil de sua dívida soberana, com maior participação de vencimentos de longo prazo, o que contribui para estabilidade e previsibilidade nas contas públicas. O Tesouro Nacional indicou que novas emissões ainda poderão ser consideradas ao longo do segundo semestre, dependendo das condições do mercado global.
FONTE: reuters.com