
O mercado de trabalho brasileiro fechou o mês de outubro com um saldo positivo de 85.010 vagas formais, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho. Apesar de positivo, o resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, que previa mais de 100 mil novas contratações.
O setor de serviços foi o principal responsável pelo crescimento, seguido por comércio e indústria de transformação. Já a agropecuária registrou saldo negativo no mês, refletindo o fim de safras em várias regiões.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que os números demonstram “consistência no processo de recuperação econômica e fortalecimento do emprego formal”, mesmo em um cenário de juros altos e inflação ainda em processo de desaceleração.
Paralelamente, o Banco Central anunciou que o Brasil recebeu, até outubro de 2025, mais investimentos estrangeiros diretos (IED) do que em todo o ano anterior. Segundo o relatório, o país acumulou US$ 79 bilhões em IED, superando o total de 2024, que foi de US$ 74 bilhões.
Analistas avaliam que o desempenho reforça a confiança dos investidores internacionais na estabilidade macroeconômica brasileira, apesar das incertezas globais. O destaque tem sido a atração de recursos para setores como energia limpa, infraestrutura, agronegócio e tecnologia.
“Mesmo com um crescimento moderado, o Brasil segue sendo visto como um destino seguro e promissor para o capital internacional. Isso é importante para sustentar o crescimento e gerar empregos nos próximos anos”, avaliou a economista Letícia Vieira, da consultoria EconoLatina.
FONTE: reuters.com