Atividade econômica recua em julho e reforça sinal de desaceleração no país

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou queda de 0,5% em julho, resultado pior que o esperado pelo mercado. A contração interrompe uma sequência de estabilidade observada nos meses anteriores e reforça os sinais de desaceleração da economia brasileira.

O recuo impactou diretamente o mercado financeiro. As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) caíram diante da percepção de menor fôlego da atividade econômica, reduzindo apostas em altas mais agressivas dos juros futuros.

Especialistas avaliam que o resultado de julho pode estar relacionado à combinação de consumo enfraquecido, alta dos custos de crédito e perda de dinamismo em setores como indústria e comércio. Embora a agropecuária continue sustentando parte do crescimento, o desempenho não tem sido suficiente para compensar a retração em outras áreas.

Apesar da surpresa negativa, analistas destacam que a economia ainda acumula crescimento no semestre, mas em ritmo cada vez mais moderado. A leitura do IBC-Br reforça o debate sobre a necessidade de políticas que estimulem investimento e consumo, em um cenário em que o Banco Central mantém a taxa Selic em 15% ao ano, à espera de maior clareza sobre a inflação e a atividade econômica.

FONTE: reuters.com