A economia brasileira apresentou retração mais acentuada do que o previsto em julho, reforçando sinais de perda de fôlego no início do segundo semestre. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, caiu 0,5% em relação a junho, enquanto o mercado projetava queda em torno de 0,2%.
Este foi o terceiro recuo mensal consecutivo, indicando que o país atravessa uma fase de desaquecimento. Entre os setores que mais contribuíram para o resultado negativo estão a indústria, os serviços e a agropecuária, todos registrando desempenhos abaixo das expectativas.
Economistas afirmam que o movimento reflete a combinação de juros elevados, consumo mais contido e cenário internacional incerto, fatores que têm pressionado a atividade doméstica. Apesar disso, a expectativa é de que o segundo semestre ainda traga algum alívio, com a manutenção da inflação sob controle e ajustes graduais na política monetária.
Para analistas, o desafio do governo será equilibrar políticas de estímulo à economia sem comprometer o controle fiscal, em um momento em que a confiança do setor produtivo segue oscilante.
FONTE: reuters.com