Acordo entre EUA e Japão impulsiona mercados globais e reduz tensões comerciais

O novo acordo comercial firmado entre Estados Unidos e Japão trouxe alívio aos mercados financeiros internacionais nesta terça-feira (23), após semanas de apreensão sobre a escalada de tarifas e protecionismo. O pacto reduz taxas de importação de até 25% para 15% sobre uma série de produtos industriais e agrícolas, além de prever um pacote bilateral de investimentos superior a US$ 550 bilhões.

A notícia teve impacto imediato nos mercados asiáticos e europeus. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, registrou alta superior a 3%, enquanto o FTSE 100, de Londres, atingiu um novo recorde histórico. Em Wall Street, o S&P 500 e o Dow Jones também abriram em alta, refletindo o otimismo dos investidores diante do arrefecimento das tensões comerciais.

Segundo fontes ligadas ao Departamento do Tesouro dos EUA, o acordo é parte de uma estratégia para reequilibrar relações com parceiros estratégicos e isolar a pressão inflacionária sem comprometer o crescimento. Já o Ministério da Economia do Japão classificou o pacto como “fundamental” para a segurança econômica regional e para a estabilidade das cadeias globais de suprimentos.

“O entendimento entre duas das maiores economias do mundo tem efeito direto na confiança dos mercados. Era necessário um gesto claro de cooperação”, afirmou Lisa Taylor, analista do Bank of America.

A expectativa é que o pacto estimule o comércio bilateral e reduza gargalos logísticos que afetam setores como tecnologia, autopeças e alimentos processados. O setor de semicondutores, em especial, deve ser um dos mais beneficiados com a diminuição das barreiras tarifárias.

No entanto, especialistas alertam que o acordo pode reacender disputas com outras economias, especialmente a China e países europeus, que reivindicam tratamento equivalente nas negociações com Washington.

FONTE: reuters.com