Em meio a avanços importantes no acesso à educação básica, o Brasil ainda enfrenta obstáculos significativos para erradicar o analfabetismo e universalizar o ensino. Dados divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, em 2024, a taxa de analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais caiu para 5,3% — o menor índice desde 2016.
Apesar da melhora, o número ainda representa 9,1 milhões de brasileiros que não sabem ler nem escrever, com concentração maior nas regiões Norte e Nordeste e entre a população mais velha e de baixa renda. Especialistas alertam que o ritmo da redução não é suficiente para cumprir as metas previstas no Plano Nacional de Educação (PNE), cuja vigência vai até 2034.
Outro destaque dos indicadores é a taxa de escolarização entre crianças de 6 a 14 anos, que atingiu 99,5%, mostrando quase universalização dessa faixa etária. No entanto, os dados revelam defasagens preocupantes no ensino médio (15 a 17 anos), onde a escolarização ainda não atinge 90%, e na educação infantil (0 a 5 anos), cujo acesso continua desigual entre regiões e classes sociais.
O cenário reforça a necessidade de políticas públicas mais eficazes e focadas na permanência, qualidade do ensino e combate às desigualdades regionais e raciais. Segundo o IBGE, embora a escolaridade média da população tenha aumentado, ainda há um contingente expressivo de jovens que abandonam os estudos ou não completam ciclos fundamentais da formação.
Em resposta, o Ministério da Educação afirmou que está investindo em programas de alfabetização na idade certa, ampliação da educação integral e fortalecimento da formação de professores, como parte do novo ciclo do PNE em construção no Congresso Nacional.
FONTE: agenciabrasil.com