O Brasil registrou avanços significativos na área da educação, conforme apontam os dados divulgados nesta segunda-feira (17). Pela primeira vez, mais de 20% da população adulta brasileira possui ensino superior completo, ao mesmo tempo em que o país alcançou uma expressiva redução no número de analfabetos.
Segundo levantamento recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de adultos com formação superior subiu de 19,7% para 20,5%, representando um marco histórico na trajetória educacional do país. Esse crescimento, embora ainda concentrado nas regiões Sudeste e Sul, reflete o esforço de ampliação do acesso à universidade por meio de programas públicos como o Prouni, Fies e a política de cotas, além do fortalecimento do ensino superior privado.
Paralelamente, o país eliminou cerca de 2 milhões de pessoas do contingente de analfabetos nos últimos anos. A taxa nacional de analfabetismo caiu de 6,6% para 5,7%, com maior impacto nas faixas etárias acima dos 40 anos, sobretudo no Nordeste e Norte do Brasil. O resultado foi atribuído a programas de alfabetização de jovens e adultos (EJA), parcerias municipais e ações de incentivo à permanência escolar.
Apesar do avanço, especialistas alertam para as desigualdades persistentes. “Mulheres e pessoas brancas continuam liderando o acesso ao ensino superior, enquanto negros e indígenas ainda enfrentam maiores barreiras estruturais”, destaca a socióloga e educadora Marta Vasconcelos.
O Ministério da Educação celebrou os dados como um reflexo das políticas públicas de inclusão e prometeu fortalecer ações voltadas ao combate do analfabetismo funcional e à expansão da educação técnica e tecnológica. “Os números mostram progresso, mas também apontam para os desafios que ainda temos para garantir uma educação verdadeiramente universal e equitativa”, afirmou o ministro Camilo Santana.
A expectativa é de que os próximos anos sejam marcados por novas metas de qualidade e acesso, especialmente diante do cenário de transformação digital e exigências do mercado de trabalho contemporâneo.
FONTE: extraclasse.org.br