Brasil conquista destaque internacional com vitória em competição de foguetes nos Estados Unidos

A educação brasileira teve um marco de inovação e excelência científica com a conquista da primeira colocação na Spaceport America Cup 2025, a maior competição universitária de foguetes do mundo, realizada no estado do Novo México, nos Estados Unidos. A vitória foi da equipe da Universidade Federal do ABC (UFABC), que representou o Brasil com um projeto de alta complexidade técnica.

A equipe brasileira competiu com instituições de ponta de mais de 20 países, superando desafios de engenharia aeroespacial em uma prova que exige o lançamento de foguetes com até 10 mil pés de altitude. O projeto desenvolvido pelos alunos da UFABC foi o único da América Latina a alcançar com precisão os critérios de altitude, estabilidade de voo e segurança exigidos pelos jurados.

A conquista teve o apoio institucional do Ministério da Educação (MEC) e da Agência Espacial Brasileira (AEB), e reforça o papel da educação pública como motor de inovação no país. “Esse resultado mostra que o Brasil tem talentos e capacidade técnica para competir com as melhores universidades do mundo. A educação científica precisa ser valorizada”, declarou o ministro da Educação, Camilo Santana.

O foguete vencedor foi batizado de Tucano-X, com propulsão híbrida e sistema eletrônico de navegação de última geração, todos projetados por alunos de graduação e pós-graduação. Além do mérito técnico, o projeto priorizou materiais recicláveis e técnicas de engenharia sustentável, alinhando-se às práticas modernas da indústria aeroespacial.

A equipe brasileira também recebeu menção honrosa pela integração de mulheres e estudantes de escolas públicas no projeto, promovendo inclusão e diversidade no campo da ciência e tecnologia. Segundo os organizadores, o feito abre portas para futuras parcerias com agências espaciais e empresas internacionais.

A expectativa é de que o grupo retorne ao Brasil nesta semana e seja homenageado pelo Congresso Nacional e pelo governo federal, como símbolo do potencial transformador da ciência e da educação no país.

FONTE: MEC