Após ataque em escola no RS, MEC envia força-tarefa de apoio psicossocial e reforça ações de segurança

O Ministério da Educação (MEC) mobilizou, nesta semana, uma equipe multidisciplinar para prestar apoio à comunidade da Escola Municipal Maria Nascimento Giacomazzi, localizada em Estação, no interior do Rio Grande do Sul, onde um ataque violento deixou a cidade em choque no início da semana.

O incidente, ocorrido no dia 8 de julho, envolveu a invasão da unidade escolar por um adolescente armado, que deixou ao menos dois feridos e causou grande abalo emocional em alunos, professores e funcionários. Em resposta imediata, o MEC ativou o Núcleo de Resposta e Reconstrução de Comunidades Escolares, criado especialmente para atender escolas impactadas por eventos traumáticos.

A força-tarefa, composta por psicólogos, assistentes sociais e especialistas em segurança escolar, tem como missão realizar ações emergenciais de escuta, acolhimento e reconstrução do ambiente educativo. Além disso, o grupo busca orientar gestores locais sobre protocolos de segurança, mapeamento de riscos e prevenção de novos episódios.

Em nota oficial, o ministro da Educação, Camilo Santana, destacou que “a escola deve ser um espaço seguro para todos. Atuaremos em conjunto com o governo estadual e a prefeitura para garantir apoio integral às vítimas e a retomada segura das atividades escolares”.

A Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul também acionou sua equipe de psicopedagogia e confirmou que as aulas na escola foram suspensas temporariamente. A previsão é de que as atividades sejam retomadas de forma gradual, com acompanhamento psicológico contínuo para estudantes e profissionais afetados.

O caso reacende o debate sobre a segurança nas instituições de ensino no Brasil. Especialistas cobram políticas públicas permanentes de prevenção à violência escolar, como programas de mediação de conflitos, escuta ativa e formação em cultura de paz.

Em 2023, o MEC já havia anunciado um plano nacional de segurança nas escolas após uma série de ataques ocorridos em diferentes estados. O plano previa investimento em monitoramento, apoio psicossocial e capacitação de equipes gestoras — medidas que agora voltam ao centro do debate público.

FONTE: GZH