Os principais mercados acionários internacionais fecharam em queda nesta quarta-feira (12), refletindo um ambiente de incerteza geopolítica e comercial que voltou a preocupar investidores. O dólar registrou desvalorização frente às principais moedas globais, atingindo os níveis mais baixos desde abril, enquanto commodities como petróleo e ouro avançaram, em um movimento típico de aversão ao risco.
A retração das bolsas foi influenciada pela falta de progresso concreto nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China, que embora tenham sinalizado um novo “marco de entendimento”, ainda não detalharam medidas práticas como redução de tarifas ou flexibilização de barreiras. Ao mesmo tempo, tensões no Oriente Médio e novos impasses políticos na Europa reforçaram o clima de cautela entre os investidores.
O índice MSCI global, que mede o desempenho das ações nos principais mercados do mundo, caiu 1,3%. Em Wall Street, o índice Dow Jones perdeu 0,8%, enquanto o Nasdaq recuou 1,5%, pressionado por ações de tecnologia. Na Europa, os mercados de Londres, Frankfurt e Paris também registraram perdas entre 0,7% e 1,2%.
A desvalorização do dólar, que recuou 0,54% frente a uma cesta de moedas, foi interpretada como um reflexo da crescente percepção de que o Federal Reserve poderá adotar uma postura mais branda em relação aos juros, diante do desaquecimento do comércio internacional e da pressão sobre o crescimento econômico.
Ao mesmo tempo, o petróleo tipo Brent subiu 4%, cotado a US$ 70,20 o barril, impulsionado pelo risco de interrupção na oferta em função dos conflitos na região do Golfo. O ouro, tradicional porto seguro em tempos de instabilidade, avançou 0,6%, alcançando US$ 2.371 a onça.
Analistas ouvidos por agências internacionais alertam para um cenário de volatilidade prolongada, com impactos potenciais sobre o comércio global, os investimentos em países emergentes e a política monetária das principais economias. A expectativa é de que o segundo semestre de 2025 seja marcado por prudência e reavaliação de estratégias por parte dos bancos centrais e do setor produtivo mundial.
FONTE: rertus.com