O cenário inflacionário segue como um dos principais desafios da economia brasileira em 2025. Segundo projeções divulgadas pelo Boletim Focus do Banco Central, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o ano em 5,5%, ultrapassando o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, fixada em 4,5%.
Em resposta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa básica de juros, a Selic, para 14,75% ao ano – o maior patamar desde 2006. A medida tem como objetivo conter o avanço dos preços e ancorar as expectativas do mercado, em meio à pressão dos custos de alimentos, combustíveis e serviços.
A combinação de inflação elevada e juros altos tem impacto direto sobre o consumo das famílias e o crédito, ao mesmo tempo em que representa um teste para a sustentabilidade fiscal do país. O governo federal, em paralelo, anunciou um bloqueio de mais de R$ 31 bilhões no orçamento para tentar equilibrar as contas públicas.
Especialistas avaliam que, embora necessária, a política monetária restritiva pode desacelerar setores sensíveis ao crédito e afetar o ritmo de crescimento econômico ao longo do segundo semestre.
FONTE: Banco Central, Boletim Focus e Reuters