Inflação desacelera em maio, mas segue acima da meta definida pelo Banco Central

Economia7 hours ago

A inflação no Brasil apresentou uma leve desaceleração no mês de maio, conforme apontam os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, fechou o mês com alta de 0,26%, abaixo dos 0,43% registrados em abril e inferior às expectativas do mercado, que projetavam 0,33%.

Mesmo com a desaceleração, o acumulado em 12 meses atingiu 5,32%, permanecendo acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5% para 2025, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Os principais responsáveis pela desaceleração foram os grupos transportes e alimentação, que apresentaram menores pressões inflacionárias. As passagens aéreas recuaram, e os combustíveis tiveram leve retração, contribuindo para o alívio no bolso do consumidor. Já os alimentos, que vinham sendo vilões nos últimos meses, apresentaram estabilidade nos preços de itens como arroz, feijão e carnes.

O resultado de maio também reacende o debate sobre a política monetária brasileira. Com o índice abaixo das projeções e sinais de arrefecimento da inflação, a expectativa recai sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne nesta semana para avaliar a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 14,75% ao ano. Analistas apostam na manutenção da taxa, encerrando o ciclo de alta iniciado no começo do ano.

Economistas destacam que, apesar do alívio momentâneo, o cenário ainda exige cautela. “O Brasil segue com inflação acima da meta, e o núcleo inflacionário continua pressionado. O Copom deve manter o discurso conservador, mesmo diante da melhora nos índices pontuais”, afirma Renata Tavares, analista da QuantInvest.

A tendência é que os próximos meses tragam uma inflação mais comportada, especialmente se o câmbio se mantiver estável e as safras agrícolas forem favoráveis. No entanto, incertezas no cenário internacional, como os conflitos geopolíticos e a desaceleração da economia chinesa, seguem no radar das autoridades econômicas.

FONTE: reuters.com

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