Inflação desacelera em maio e mercado financeiro reage positivamente

A prévia da inflação oficial no Brasil, medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15), apresentou alta de 0,36% em maio, a menor variação para o mês desde 2020. O dado, divulgado nesta quarta-feira (28) pelo IBGE, ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetavam uma elevação de 0,44%.

No acumulado do ano, o IPCA-15 soma 2,80%, enquanto em 12 meses o índice atinge 5,40%, ainda acima do centro da meta de inflação estipulada pelo Banco Central, de 3% com margem de tolerância de até 4,5%.

A desaceleração foi impulsionada, principalmente, pela queda nos preços dos alimentos e pela retração no custo das passagens aéreas. Por outro lado, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais e Habitação apresentaram aumentos mais significativos.

O cenário de inflação mais controlada repercutiu imediatamente no mercado financeiro. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, subiu mais de 1% nesta quarta-feira, aproximando-se do recorde histórico. Já o dólar comercial recuou 0,53%, sendo cotado a R$ 5,645.

Com a desaceleração dos preços, o mercado passou a reavaliar suas apostas em relação à política de juros. As opções de Copom negociadas na B3 que indicam estabilidade da Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária subiram para 83%, ante 74% registrados no dia anterior.

Especialistas avaliam que, caso o ritmo de queda da inflação se mantenha, o Banco Central pode encerrar o ciclo de aperto monetário iniciado em 2023, o que abriria espaço para manutenção da taxa básica de juros ao longo dos próximos meses.

FONTE: Agência Brasil