Estudos sobre nova malha ferroviária no Paraná avançam e podem impulsionar economia regional

Economia5 days ago

O futuro da malha ferroviária do Paraná volta ao centro do debate com o avanço de estudos técnicos e políticos sobre a expansão da Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. (Ferroeste), considerada estratégica para o escoamento da produção agroindustrial e a integração logística do estado. A movimentação ocorre após a autorização da Assembleia Legislativa do Paraná para a venda da Ferroeste, cuja estrutura deverá ser modernizada e ampliada nos próximos anos.

De acordo com o governo estadual, o projeto em análise prevê a criação de novas conexões ferroviárias ligando o Oeste do estado aos portos de Paranaguá e Antonina, com extensão até o Mato Grosso do Sul, facilitando o transporte de grãos, carnes, fertilizantes e outros insumos. A meta é reduzir custos logísticos, aumentar a competitividade e atrair investimentos para a economia paranaense.

Estudos conduzidos em Curitiba e Brasília apontam para a viabilidade econômica e ambiental da nova malha ferroviária, especialmente em regiões como Cascavel, Guarapuava, Maringá e Ponta Grossa. A iniciativa é acompanhada de perto pelo setor produtivo, que vê na expansão ferroviária uma alternativa ao transporte rodoviário, historicamente sobrecarregado.

Segundo técnicos do Instituto de Desenvolvimento do Paraná (IDR), a modernização da Ferroeste poderá resultar na redução de até 30% nos custos de frete, além de diminuir o impacto ambiental do transporte pesado. A proposta também prevê o uso de tecnologias modernas de sinalização e segurança, compatíveis com padrões internacionais.

A expectativa é que o edital de concessão da nova malha seja lançado ainda em 2025, com leilão previsto para 2026. O projeto conta com apoio do BNDES e de bancos internacionais, e está alinhado ao plano de descarbonização e transição logística do governo federal.

Para o economista Rogério Zambon, professor da UFPR, “a nova malha ferroviária será um divisor de águas para o desenvolvimento regional, conectando zonas agrícolas a centros logísticos e gerando empregos diretos e indiretos ao longo do trajeto”.

FONTE: Gazeta do Povo

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