O Banco Central divulgou nesta sexta-feira (30) os dados mais recentes sobre a dívida pública brasileira. Segundo o relatório, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que inclui União, estados e municípios, alcançou 75,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em abril de 2025. O número representa um aumento em relação ao mês anterior e reforça os desafios fiscais enfrentados pelo país.
O crescimento da dívida está associado a uma combinação de fatores, incluindo o resgate líquido de títulos públicos, a valorização do real frente ao dólar e a queda do PIB nominal no período. Especialistas alertam que, embora o patamar ainda esteja dentro de níveis gerenciáveis, a trajetória ascendente exige atenção e medidas para conter o avanço dos gastos públicos.
Já a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP), que desconta os ativos financeiros do governo, chegou a 61,6% do PIB, também com leve elevação. O resultado reflete o cenário fiscal desafiador e as limitações da política econômica diante das pressões por aumento de investimentos e políticas sociais.
Analistas de mercado destacam que a sustentabilidade da dívida pública é um dos principais fatores observados por agências de classificação de risco e investidores internacionais. O governo, por sua vez, afirma estar comprometido com o equilíbrio fiscal e promete manter o arcabouço fiscal aprovado em 2023, que estabelece metas para o resultado primário e controle de gastos.
A expectativa é de que o Ministério da Fazenda anuncie nas próximas semanas novas medidas para conter o déficit público e preservar a confiança do mercado.
FONTE: TradMAp