A taxa de desemprego no Brasil recuou para 4,1% em junho, marcando o menor índice registrado desde 2014 e consolidando uma tendência de estabilidade no mercado de trabalho. Os dados, divulgados por instituições econômicas independentes, surpreenderam analistas, que esperavam um índice de 4,3%.
Segundo o levantamento, o número de pessoas ocupadas com carteira assinada aumentou significativamente nos setores de serviços, agropecuária e indústria de transformação. Ao mesmo tempo, a informalidade permaneceu estável, representando cerca de 37% da força de trabalho.
O avanço é atribuído a uma combinação de fatores, como a recuperação da agroindústria, o aquecimento regional do comércio e políticas públicas voltadas à qualificação profissional. Estados como Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul foram destaques na geração de empregos formais.
Especialistas, no entanto, alertam para a necessidade de cautela. Apesar da queda no índice geral de desemprego, a subutilização da mão de obra e a renda média ainda estagnada indicam que a recuperação não é homogênea. “O desemprego está em baixa, mas muitos trabalhadores seguem em ocupações de baixa qualidade ou subempregos”, destaca a economista Sandra Corrêa, do Ipea.
O governo federal comemorou o resultado e anunciou que pretende ampliar investimentos no setor de infraestrutura e estimular a formalização de microempreendedores como forma de consolidar a geração de empregos.
FONTE: lemaf.com