O Banco Central do Brasil estuda a criação de um “colchão de capital” a ser utilizado por instituições financeiras em momentos de estresse econômico. A proposta, que integra as discussões sobre a nova política macroprudencial do país, visa aumentar a resiliência do sistema bancário diante de choques econômicos, como recessões ou crises globais.
O chamado “colchão contracíclico” funcionaria como uma reserva de capital adicional exigida dos bancos em tempos de expansão econômica, para ser utilizada em períodos de retração. A medida está em avaliação e poderá ser implementada após aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), cuja próxima reunião está marcada para os dias 19 e 20 de agosto.
A proposta segue recomendações do Comitê de Basileia e já é adotada por diversos países desenvolvidos como uma ferramenta para estabilizar o crédito e evitar retrações bruscas em momentos de crise. No Brasil, sua aplicação ainda está em fase de estudo, mas o Banco Central tem sinalizado que pretende fortalecer a política macroprudencial com foco preventivo.
Especialistas do setor financeiro consideram a iniciativa positiva, pois pode reduzir riscos sistêmicos e ampliar a capacidade dos bancos de manter o fluxo de crédito mesmo em cenários adversos. Além disso, a medida reforça o compromisso da autoridade monetária com a estabilidade do sistema financeiro nacional.
A discussão ocorre em um momento de atenção crescente às contas públicas e ao impacto de medidas fiscais sobre o equilíbrio macroeconômico do país, o que reforça a importância de instrumentos regulatórios que ampliem a segurança do sistema financeiro.
FONTE: dm.com.br