A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 3,11 bilhões nas duas primeiras semanas de junho de 2025, segundo dados atualizados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O resultado representa uma ligeira queda de 1,8% em relação ao mesmo período de 2024, refletindo oscilações nas exportações e importações do país.
O superávit ocorre mesmo diante do aumento nas compras externas: as importações somaram US$ 11,42 bilhões, com alta de 1,9% na média diária. Já as exportações cresceram 1,1%, totalizando US$ 14,52 bilhões, impulsionadas especialmente por produtos da agroindústria, como soja, carnes e café.
No acumulado do ano, o saldo comercial já alcança US$ 27,54 bilhões, com crescimento de 4,3% na corrente de comércio — a soma de exportações e importações. O resultado reflete a resiliência do setor externo brasileiro mesmo em meio ao cenário de juros altos, dólar oscilante e desaceleração de alguns mercados internacionais.
Economistas avaliam que o saldo positivo indica força da competitividade de segmentos como o agronegócio e a indústria de transformação, ainda que a queda no ritmo das exportações para a China e a Europa siga como ponto de atenção.
A expectativa do governo federal é que o superávit comercial continue sólido ao longo do segundo semestre, especialmente com o desempenho das safras agrícolas e o avanço das exportações de bens industrializados e semimanufaturados. Ainda assim, analistas monitoram os desdobramentos do cenário externo e os efeitos da política monetária interna sobre o câmbio e os custos de produção.
FONTE: balanca.economia.gov.br