O agronegócio brasileiro voltou a se consolidar como o principal motor da economia nacional no primeiro semestre de 2025. Dados divulgados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o setor teve crescimento de 6,5% no primeiro trimestre, impulsionado por uma safra recorde e pela alta na exportação de commodities agrícolas.
A produção de grãos deve alcançar 332 milhões de toneladas até o fim do ano, superando a estimativa inicial. A soja e o milho lideram o volume colhido, seguidos pelo trigo e feijão. A pecuária também registrou crescimento relevante, especialmente nas cadeias de bovinos, aves e suínos, cujas exportações seguem em alta, com China e países árabes como principais destinos.
O desempenho agropecuário garantiu uma contribuição decisiva para o crescimento de 1,4% do PIB nacional no primeiro trimestre, atenuando o fraco resultado da indústria e as incertezas no setor de serviços. Analistas econômicos destacam que, mesmo diante de um cenário de juros elevados e inflação ainda acima da meta, o campo manteve sua resiliência e capacidade de gerar divisas, empregos e superávit comercial.
Além da produtividade, o bom resultado se deve à tecnificação da produção rural, ao investimento em irrigação, biotecnologia e à expansão de áreas cultiváveis com manejo sustentável. Estados como Mato Grosso, Paraná, Goiás e Bahia lideram os índices de produção e área plantada.
Para o segundo semestre, a expectativa do setor é manter o desempenho positivo, embora com menor intensidade, devido a pressões externas, como variações cambiais e instabilidades nos preços internacionais. Ainda assim, o agronegócio segue como pilar fundamental da estabilidade econômica brasileira em 2025.
FONTE: cnabrasil.com