O setor agrícola do Paraná vive um momento de contrastes no mês de junho. Enquanto o plantio de trigo avança de forma satisfatória, com 78% da área total já semeada e lavouras em boas condições, a colheita do milho safrinha segue em ritmo lento, afetada pelas instabilidades climáticas que marcaram o outono no estado.
De acordo com o boletim divulgado nesta quinta-feira (13) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o ritmo de semeadura do trigo subiu 6 pontos percentuais em relação à semana anterior, e 100% das lavouras estão em situação considerada boa. O desempenho reflete condições adequadas de solo e planejamento eficiente por parte dos produtores.
Por outro lado, a colheita do milho segunda safra alcança apenas 3% da área total, número bem abaixo do esperado para o período. Técnicos do Deral apontam que o excesso de umidade em algumas regiões tem dificultado o avanço das máquinas no campo, além de elevar o risco de perdas em qualidade e produtividade dos grãos.
O milho safrinha é uma das culturas mais relevantes da produção estadual, com impacto direto na oferta de insumos para a pecuária e a indústria de alimentos. Segundo analistas, o atraso na colheita pode pressionar a logística e os preços internos, especialmente se o clima continuar instável nas próximas semanas.
Já o trigo, que vem ganhando importância estratégica diante da guerra na Ucrânia e da oscilação no mercado internacional, desponta como uma alternativa de diversificação e segurança alimentar. O Paraná é o maior produtor nacional da cultura, e a expectativa da safra 2025 é de crescimento na produção e na qualidade do grão.
A Secretaria da Agricultura segue monitorando as condições climáticas e orientando os produtores para minimizar riscos e aproveitar as janelas climáticas favoráveis. O boletim completo do Deral é atualizado semanalmente e serve de base para políticas públicas e planejamento da cadeia produtiva.
FONTE: noticias.uol