
O Brasil tem ampliado sua presença global não apenas como potência agrícola, mas como referência em inovação sustentável e tecnologias de bioeconomia. Projetos desenvolvidos por instituições de pesquisa e startups brasileiras vêm ganhando reconhecimento internacional ao combinar eficiência produtiva com preservação ambiental, especialmente nos setores do agronegócio, energia limpa e alimentos.
Um dos destaques mais recentes foi o desenvolvimento de uma nova técnica de extração de compostos do lúpulo — planta essencial para a produção de cerveja — utilizando dióxido de carbono supercrítico, processo que reduz drasticamente o uso de solventes químicos e o consumo de água. A inovação promete aumentar a qualidade sensorial das bebidas e reduzir o impacto ambiental da cadeia produtiva, e já atraiu interesse de fabricantes internacionais. (foodingredientsfirst.com)
Na área de tecnologia agrícola, empresas brasileiras participaram da feira internacional Agritechnica 2025, realizada na Alemanha, com uma delegação de nove marcas nacionais que apresentaram equipamentos inteligentes, drones de monitoramento e sistemas de precisão para plantio e colheita. A presença brasileira reforça o papel do país como fornecedor global de soluções tecnológicas para o campo.
“O Brasil não é apenas exportador de commodities, mas também de conhecimento aplicado ao agro. Estamos levando soluções que unem tecnologia, produtividade e sustentabilidade”, afirmou Rafael Motta, gerente de inovação da ApexBrasil, que coordenou a participação na feira.
O avanço da bioeconomia também tem ganhado força no país, com incentivos a pesquisas em bioplásticos, insumos agrícolas biodegradáveis, manejo florestal inteligente e reaproveitamento de resíduos agroindustriais. Esses projetos fazem parte de uma estratégia nacional para alinhar crescimento econômico à agenda climática e às metas de descarbonização.
Especialistas destacam que o país tem vantagens estratégicas, como biodiversidade, clima favorável e base científica sólida, para liderar a transição para uma economia verde. No entanto, alertam para a necessidade de ampliar investimentos, melhorar a conectividade no campo e garantir políticas públicas de longo prazo para consolidar esse posicionamento global.
Com essa nova fase, o Brasil busca se afirmar como exportador de soluções sustentáveis, e não apenas de matéria-prima, mostrando que a inovação pode ser uma ferramenta essencial para aliar competitividade, segurança alimentar e preservação ambiental.
FONTE: apexbrasil.com.br