Perspectivas para 2026: economia brasileira deve buscar equilíbrio entre juros, consumo e investimentos

EconomiaYesterday

Após um 2025 marcado por desaceleração e juros elevados, as perspectivas econômicas para o Brasil em 2026 apontam para um cenário de ajuste gradual, com foco na reativação do consumo interno, incentivo ao investimento produtivo e maior dinamismo dos setores de serviços e indústria. A expectativa predominante no mercado é de que o Banco Central inicie um ciclo de cortes na taxa Selic ainda no primeiro trimestre, como resposta ao enfraquecimento da atividade econômica e à inflação sob controle.

Com um crescimento de apenas 0,1% no terceiro trimestre de 2025 e projeções de expansão modesta no fechamento do ano, o Brasil entra em 2026 com a tarefa de buscar um novo impulso econômico, equilibrando responsabilidade fiscal com estímulos ao consumo e à produção.

Especialistas ouvidos por instituições financeiras estimam que a economia brasileira deve crescer entre 1,8% e 2,2% no ano que vem, desde que os juros comecem a cair de forma consistente e que o crédito seja reativado para famílias e empresas. O consumo das famílias — praticamente estagnado no segundo semestre de 2025 — é visto como ponto-chave para reverter o ciclo de lentidão econômica.

Além da política monetária, o governo federal também é cobrado por ações estruturantes, como a implementação da reforma tributária, o avanço de obras de infraestrutura e programas de incentivo à indústria nacional. A recomposição da confiança do setor privado é vista como essencial para destravar investimentos.

No setor externo, a expectativa é de que as exportações de commodities continuem robustas, especialmente no agronegócio, mas há incertezas em torno do crescimento global e das disputas comerciais envolvendo os principais parceiros do Brasil, como China, Estados Unidos e União Europeia.

O ano de 2026, portanto, será decisivo para testar a capacidade de resposta da economia brasileira a um novo ciclo de estímulos, depois de anos de aperto monetário e inflação elevada. A “aterrissagem suave” que começa a se desenhar dependerá, em grande medida, de decisões coordenadas entre governo, Banco Central e setor produtivo.

FONTE: reuters.com

Leave a reply

Siga-nos nas redes
  • Facebook7,3K
  • Instagram8.1K
Loading Next Post...
Loading

Signing-in 3 seconds...

Signing-up 3 seconds...