
Em sua maior reformulação desde a integração do sistema Gemini, o Google lançou nesta semana o novo “modo AI” para compras diretamente em seu buscador, prometendo transformar a forma como os usuários descobrem e adquirem produtos on-line. A atualização chega em plena temporada de compras de fim de ano e amplia o uso de inteligência artificial generativa nas rotinas cotidianas de consumo.
O novo recurso permite que os usuários descrevam livremente o que desejam comprar — em texto ou por voz — como, por exemplo, “presente criativo para amiga que ama fotografia e viagens”, e recebam sugestões visualmente organizadas com base em preferências, estilo, localização e avaliações de outros consumidores.
Além da curadoria automatizada de produtos, o sistema oferece comparação de preços entre varejistas, verificação de disponibilidade em lojas locais e um novo botão de checkout automático via Google Pay, agilizando o processo de compra. Segundo a empresa, o buscador poderá até mesmo entrar em contato com estabelecimentos físicos próximos ao usuário, caso ele queira confirmar a existência de um produto em estoque — funcionalidade, por enquanto, restrita aos Estados Unidos.
“Essa é a busca repensada com IA para a vida real — não apenas mostrar resultados, mas ajudar a concluir tarefas com inteligência e contexto”, afirmou Prabhakar Raghavan, vice-presidente sênior do Google Search, em comunicado oficial.
Impacto no mercado
Especialistas avaliam que a mudança representa um novo salto no chamado “comércio assistido por IA”, que começa a dominar plataformas de busca e marketplaces. Para os varejistas, a novidade impõe o desafio de otimizar catálogos para se destacarem nos rankings de recomendação da IA do Google — e, ao mesmo tempo, acompanhar a tendência de hiperpersonalização na jornada do cliente.
E no Brasil?
Embora o lançamento inicial esteja focado nos EUA, a expectativa é de que o recurso seja expandido para outros mercados ainda em 2026. No Brasil, a tendência pressiona o setor de e-commerce e plataformas locais a investirem em soluções de IA similares para manter a competitividade.
FONTE: timesofindia.indiatimes.com