
O Ministério da Fazenda anunciou nesta quinta-feira (14) uma revisão na projeção oficial de crescimento da economia brasileira para 2025. A estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 2,3% para 2,2%, em meio a um cenário de desaceleração em setores como a indústria e os serviços, além dos efeitos prolongados dos juros elevados.
A nova projeção foi publicada no boletim Macrofiscal, elaborado pela Secretaria de Política Econômica (SPE), e reflete uma postura mais cautelosa do governo diante de sinais de enfraquecimento da atividade econômica no segundo semestre do ano.
Segundo o documento, o desempenho da indústria vem sendo afetado pelo encarecimento do crédito, que limita investimentos e consumo. O setor de serviços, responsável por mais de 70% do PIB, também apresentou desaceleração. Em contrapartida, a agropecuária segue em alta, puxando positivamente o crescimento do país, ainda que de forma insuficiente para sustentar uma projeção mais robusta.
O boletim aponta ainda que as políticas monetárias — com a taxa básica de juros (Selic) ainda em patamar elevado — continuam sendo um freio para a expansão mais rápida da economia. A previsão de inflação para 2025 foi mantida em 3,4%, dentro da meta estipulada pelo Banco Central.
Apesar da revisão, o governo avalia que o crescimento estimado é “consistente com a recuperação gradual da atividade econômica”, especialmente com o avanço de programas de investimento público e obras de infraestrutura previstas no novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Impactos regionais
Para estados como o Paraná, onde setores industriais e agrícolas têm forte presença, a redução na projeção do PIB nacional pode gerar impactos indiretos sobre o ritmo de investimentos e arrecadação fiscal. Prefeituras e empresas devem reavaliar seus planejamentos para 2026 à luz dessa expectativa mais moderada.
FONTE: agenciabrasil.com