
Em uma sinalização positiva para o mercado de trabalho brasileiro, o número de pessoas que estavam em busca de emprego há mais de dois anos apresentou uma queda expressiva de 17,8% no terceiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e refletem uma recuperação gradual da ocupação formal e informal no país.
Segundo o levantamento, esse grupo — que integra os chamados “desalentados de longa duração” — vem diminuindo de forma consistente ao longo do ano, apontando uma melhora nos indicadores de empregabilidade, ainda que desigual entre regiões e setores econômicos.
Especialistas destacam que, embora a taxa geral de desocupação tenha tido apenas leve variação, a redução no tempo de procura por trabalho indica que mais brasileiros estão conseguindo se reinserir no mercado — um reflexo direto da retomada econômica em setores como o agronegócio e os serviços, além de políticas de estímulo ao micro e pequeno empreendedorismo.
Esse dado também representa um alívio social relevante: desemprego de longa duração está associado a perdas significativas de renda familiar, saúde mental e mobilidade econômica. A queda pode ter impacto positivo sobre o consumo das famílias, especialmente em regiões do interior, como o Vale do Ivaí, no Paraná, onde a recuperação econômica ainda enfrenta desafios estruturais.
O IBGE prevê a divulgação de novos dados regionais até o fim do mês, que devem detalhar como essa tendência se comporta em estados como o Paraná. A expectativa é que, com a desaceleração da inflação e a estabilidade nas previsões de crescimento, o Brasil continue a reduzir os indicadores de vulnerabilidade no mercado de trabalho.
FONTE: diariodocomercio.com.br