
O Banco Central do Brasil (BCB) sinalizou nesta terça-feira (11) que a taxa básica de juros (Selic), atualmente fixada em 15% ao ano, deverá ser mantida nesse patamar por um período prolongado. A informação consta na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta manhã, e reforça a postura cautelosa da autoridade monetária diante das incertezas no cenário econômico global e doméstico.
De acordo com o documento, o colegiado afirma ter “maior convicção de que a Selic mantida no nível atual é suficiente para levar a inflação de volta à meta”, o que sugere uma estratégia de estabilidade monetária prolongada, mesmo com pressões por uma política mais flexível.
Entre os fatores citados pelo Copom para justificar a decisão estão o comportamento volátil dos preços de commodities, o ambiente fiscal ainda incerto e a necessidade de consolidar a trajetória de queda da inflação. O Banco Central também apontou que riscos externos — como as políticas de juros nos Estados Unidos e a desaceleração da economia chinesa — exigem prudência nas próximas decisões.
Economistas avaliam que a manutenção da taxa em 15% reflete o compromisso do Banco Central com o controle da inflação, mesmo que isso possa frear o consumo e encarecer o crédito no curto prazo. Por outro lado, o cenário favorece a estabilidade cambial e a confiança de investidores internacionais.
O governo federal, por sua vez, tem defendido uma redução gradual dos juros para estimular a atividade econômica, mas a autoridade monetária segue firme em seu discurso de “prioridade ao equilíbrio macroeconômico”. A próxima reunião do Copom está marcada para dezembro, quando o mercado voltará suas atenções para possíveis sinais de mudança na condução da política monetária brasileira.
FONTE: infomoney.com