Arizona se consolida como “Deserto do Silício” enquanto China avança na produção de chips

Tecnologia2 weeks ago

O estado do Arizona está se consolidando como o novo epicentro da indústria de semicondutores dos Estados Unidos, fenômeno já apelidado de “Silicon Desert”. A região atrai bilhões de dólares em investimentos de gigantes do setor, como Intel, TSMC e Samsung, e se tornou estratégica para a retomada da autossuficiência tecnológica americana, em meio à crescente disputa com a China.

Segundo o jornal Financial Times, o Arizona abriga hoje algumas das mais avançadas instalações de fabricação de chips fora da Ásia, com destaque para o complexo da TSMC em Phoenix, que já está em fase final de construção. O projeto faz parte dos esforços do governo norte-americano para reindustrializar o setor e reduzir a dependência da cadeia asiática — sobretudo em um momento de tensões comerciais e estratégicas com Pequim.

Enquanto isso, a China intensifica seus investimentos domésticos em semicondutores, com foco na produção de wafers — base essencial para a fabricação de chips. O país já é responsável por cerca de 50% da produção global desses insumos, e pretende atingir níveis ainda maiores de autossuficiência até 2030, como parte do plano “Made in China”.

A disputa entre as duas potências tecnológicas se desenrola não apenas na capacidade produtiva, mas também em barreiras comerciais, controle de exportações e acordos diplomáticos. Os Estados Unidos têm imposto restrições à venda de equipamentos de litografia e chips avançados à China, o que levou Pequim a acelerar o desenvolvimento de alternativas nacionais.

Analistas apontam que o mundo caminha para uma nova geopolítica dos semicondutores, na qual o domínio da cadeia de suprimentos de chips será tão ou mais relevante do que o controle de recursos energéticos ou minerais no século passado.

FONTE: ft.com

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