Avanço da IA gera alerta global sobre “apagão de empregos de entrada”; líderes empresariais já sentem impacto

TecnologiaYesterday

O avanço acelerado da inteligência artificial (IA) nas empresas tem gerado um alerta crescente sobre um possível “apagão de empregos de nível inicial” em diversos setores. Um levantamento divulgado pelo The Guardian aponta que 41% dos líderes empresariais globais já admitem reduzir contratações de cargos de entrada graças à automação por IA.

O relatório, baseado em entrevistas com CEOs e gestores de recursos humanos, indica que ferramentas como chatbots, modelos generativos e plataformas autônomas estão substituindo funções básicas antes ocupadas por estagiários, assistentes administrativos e recém-formados. As áreas mais afetadas são atendimento ao cliente, marketing digital, suporte técnico e produção de conteúdo.

A preocupação central é que, ao eliminar os primeiros degraus da escada corporativa, a IA possa comprometer o ciclo natural de aprendizado e crescimento profissional, dificultando a inserção de jovens no mercado de trabalho.

“Se os cargos de entrada desaparecerem, como formaremos os líderes de amanhã?”, questiona Amy Goldstein, consultora de carreiras da Universidade de Columbia. “A IA pode acelerar processos, mas não substitui a vivência, o erro e a construção de repertório profissional.”

O fenômeno é sentido com mais força em grandes economias como Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha, mas já começa a se manifestar no Brasil, onde startups e empresas de tecnologia adotam soluções de IA para otimizar custos operacionais.

Paralelamente, o Departamento de Transporte dos EUA abriu nova investigação sobre acidentes envolvendo o sistema de direção autônoma Full Self-Driving da Tesla, após relatos de falhas em situações urbanas. O caso reacende o debate sobre os limites da automação e a segurança do uso de IA em decisões críticas.

Organizações trabalhistas e especialistas em políticas públicas defendem a criação de programas que requalifiquem profissionais para atuar em áreas complementares à IA, além da revisão de marcos regulatórios sobre o uso de algoritmos no ambiente corporativo.

FONTE: theguardian.com

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