O Brasil está prestes a assumir a liderança global na produção de café robusta (conilon), segundo relatório divulgado nesta semana pelo banco holandês Rabobank. A projeção estima que o país poderá atingir a marca de 24,7 milhões de sacas do grão na safra de 2025, superando países tradicionalmente dominantes como Vietnã e Indonésia.
A expansão brasileira tem sido impulsionada principalmente pelo crescimento da produção nos estados de Rondônia, Espírito Santo e Bahia, onde o clima mais seco e quente favorece o cultivo da variedade robusta. Além disso, avanços em tecnologia, irrigação e genética vegetal têm elevado a produtividade das lavouras nacionais.
O relatório destaca que o café robusta, mais resistente a pragas, doenças e variações climáticas, tem ganhado espaço em mercados consumidores e na indústria de cafés solúveis. Em paralelo, a elevação nos custos de produção do arábica e a maior estabilidade do robusta ampliaram a participação do grão no mix de exportações brasileiras.
Atualmente, o Brasil é o maior produtor mundial de café, somando arábica e robusta, mas ainda não detinha a liderança isolada na produção desta segunda variedade. Caso as projeções se confirmem, o país poderá assumir a dianteira também nesse segmento, reforçando sua posição estratégica no comércio global de café.
O avanço ocorre em um momento de valorização do café robusta nos mercados internacionais, impulsionado pela demanda crescente em países da Ásia, Oriente Médio e Europa. Para os produtores brasileiros, trata-se de uma oportunidade econômica relevante, que pode ampliar renda no campo, gerar empregos e consolidar novos polos de exportação.
FONTE: reuters.com