O Banco Central do Brasil divulgou nesta semana novas projeções que indicam uma desaceleração no ritmo de crescimento econômico do país nos próximos anos. Segundo o relatório, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve avançar 1,5% em 2026, sinalizando uma perda de fôlego em relação ao desempenho observado no biênio anterior.
A projeção vem acompanhada de alertas sobre o impacto das taxas de juros ainda elevadas, encarecimento do crédito e moderação no consumo das famílias. Embora o Brasil tenha surpreendido positivamente em 2024 com crescimento acima de 2,5%, a perspectiva para os próximos ciclos é de uma economia mais contida, com menor impulso tanto do setor privado quanto do público.
De acordo com o Banco Central, fatores internos e externos explicam esse cenário:
“O Brasil segue resiliente, mas o ciclo de desaceleração já começou. Precisamos estar atentos para manter o equilíbrio macroeconômico e preservar o crescimento sustentável”, disse um técnico do Banco Central ouvido sob condição de anonimato.
A projeção de 1,5% para 2026 também está alinhada com estimativas de instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, que alertam para os desafios estruturais do país, como baixa produtividade e gargalos logísticos.
Economistas ouvidos por agências internacionais avaliam que o avanço de reformas, especialmente na área tributária e fiscal, será essencial para mudar a trajetória projetada e evitar um novo ciclo de estagnação.
FONTE: bloomberg.com